JUBs 2017

Em Goiânia, André Reis acompanha e parabeniza delegação da UnB

Júlio Minasi


Uma competição universitária não pode deixa a ciência de lado. Pela segunda vez consecutiva, os Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) abriram espaço para modalidade acadêmica, que avalia pesquisas relacionadas ao esporte. Duas comissões foram formadas para avaliar 21 trabalhos de todas as regiões do país. Uma delas teve o decano de Assuntos Comunitários, André Reis, como presidente.

 

“Ao longo da história fizemos esforços para ter uma competição em que pudéssemos aliar o esporte ao conhecimento, à ciência. Essa fórmula de agora parece ser a mais adequada”, avalia o decano. Segundo ele, a modalidade nos JUBs permite que os pesquisadores atuem como atletas. “É como se o desenvolvimento do trabalho fosse o treino e a apresentação fosse o jogo”, diz.

 

A adesão aos JUBs Acadêmico na edição de 2017 quase dobrou em relação ao ano anterior. O número de inscritos saltou de 12 para 23. A UnB concorreu com dois trabalhos: Sacha Clael Rego, do mestrado da Faculdade de Educação Física (FEF), ficou em quarto lugar com a pesquisa Correlação entre capacidades físicas e características antropométricas de jogadores universitários de futebol; Francielly Prado, graduanda da FEF, terminou em sexto com o trabalho Ferramentas digitais no esporte: O telespectador em campo.

 

MUITO ALÉM DAS MEDALHAS – Ex-chefe do Centro Olímpico, professor da FEF e histórico defensor do esporte universitário, o decano André Reis parabenizou a delegação da UnB nos JUBs de Goiânia. Ele ressaltou a mudança na concepção da Universidade que passou a tratar o “esporte de rendimento” como “esporte de representação”. A diferença, avalia, é que a primeira nomenclatura trazia o peso de se alcançar resultados e o que se busca são os benefícios da integração promovida pelo esporte.

 

“A vivência do esporte desenvolve um senso de pertencimento, que tem impacto nas relações humanas e aumenta a autoestima”, afirma Reis. Sobre as nove medalhas já conquistadas, além do crédito ao comprometimento dos atletas, ele reforça a continuidade no trabalho desenvolvido na Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA/DAC) e a criação em curso de uma diretoria específica para o esporte. A nova área já começa a investir em planejamento e na expansão das ofertas de serviços à comunidade.

 

O decano também comentou a necessidade de melhorias nas instalações esportivas da Universidade, mesmo em meio a escassez de recursos. Disse que é preciso buscar alternativas para investimentos. Entre elas estão a parceria com clubes e o apoio de leis de incentivo ao esporte. “O momento é difícil, mas temos que seguir batalhando”, afirma.