Atletas da UnB sobem ao pódio pela terceira vez no ano

Foto: Jeovana Silva


Líderes de torcida da UnB conquistam ouro e bronze no Cheerfest Championship, campeonato realizado no início do mês em Uberlândia (MG). Com os resultados, atletas da Universidade encerram o ano com três títulos de campeões em três campeonatos diferentes. Além da competição mineira, eles triunfaram nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) e no Capital Cheer.


O Cheer Championship reuniu cerca de 1400 atletas de dez estados, no tradicional Ginásio Sabiazinho. Os Hunters e os Nightmare, como são chamados os times da Universidade de nível dois e três na categoria mista (COED), representaram também o Distrito Federal.


 Na competição em que um décimo faz a diferença, os brasilienses atingiram 126,32 pontos, dois a mais que a equipe vice-campeã. O estudante de pedagogia e atleta de cheerleading Werikllis Marques Almeida considera o título a coroação da temporada. “Esse ouro representa os dois anos que a gente vem se dedicando enquanto programa”.

Equipe da UnB forma pirâmides no Cheerfest. Foto: Divulgação

CRITÉRIOS – Os jurados de cheerleading avaliam coreografia, formação de pirâmide, execução dos saltos e sincronia. Os sistemas de pontuação são o Varsity,  que regula o que pode ou não ser feito em cada nível, e o USASF, que lida com as regras de segurança dos objetos utilizados na apresentação, como pompons e bandeiras. Além dos movimentos esperados da rotina, é necessário inovar e apresentar elementos que fujam do tradicional.  


 Por trás das apresentações, há horas de dedicação e esforço, pois são realizados movimentos arriscados. A função de quem faz a base é sustentar a flyer (pessoa que realiza movimentos no ar). Igor Araújo Feliciano faz a função de base. Ele conta que é necessário a relação de confiança entre os praticantes. “É uma complementação. Não existe uma flyer sem base, e não existe uma base sem flyer”.


 O treinador do Clube Universitário de Cheerleading, Achiles Khaluf, cita a infraestrutura e o financeiro como principais dificuldades enfrentadas. A modalidade requer investimentos em roupas, viagens e inscrições, além do mix (música característica da equipe durante a apresentação) que custa cerca de US$ 160 (cerca de R$ 654). “É um esporte muito caro”, diz.


DESCONTRUÇÃO DO ESTEREÓTIPO – O cheerleading vem sendo popularizado no Brasil, mas ainda desperta dúvidas sobre seu funcionamento. O futuro arquiteto Lucas Augusto Marcelino conta que quando é questionado sobre a prática tem que explicar que “não é só uma dança”.

 A modalidade integra pessoas de alturas e pesos variados. Achiles Khaluf vê o cheerleading como um “lugar para todo mundo” e essa seria uma das razões para dar certo na Universidade. Werikllis Marques compartilha a ideia e ressalta que filmes “enfatizam um padrão estético” com rivalidade e padrões que não são a realidade da prática.

 

Texto de Jeovana Silva com supervisão de Hugo Costa