JUBS 2018

Skatistas da UnB conquistam Maringá. Três atletas garantem medalhas na categoria bowl

Hugo Costa - DEL/DAC

 

As incertezas se converteram em alegria. Sem saber o que os JUBs 2018 reservavam para eles, Ana Caroline Santana, Rodrigo Laroqui e Victor Araújo enfrentaram o frio na barriga e brilharam no skate. Com manobras de tirar o fôlego, eles conquistaram nesta terça-feira (6) as primeiras posições na categoria bowl, disputada na praça Pedro Alvares Cabral, uma das mais movimentadas de Maringá (PR).

 

Ana Caroline superou frio na barriga para garantir o pódio

“Bateu um nervoso no início, mas me senti mais confortável quando comecei a correr com as minas”, disse Ana Caroline pouco antes de receber a medalha de ouro. Ela ressalta o espírito de colaboração presente na cena do skate. “A gente se ajuda. Isso aqui vai bem além da competição. Estamos fazendo pontes”, garantiu, em referência ao suporte mútuo entre as atletas.


Campeão no masculino, Rodrigo diz que o título “é uma responsabilidade grande e pode servir de exemplo”. Ele avalia que a conquista pode abrir porta para mais skatistas na UnB. Medalhista de prata, Victor Araújo classificou o resultado como “inusitado”. “Vim para o street [outra categoria em disputa nos JUBs] e acabei correndo o bowl também. Fiquei satisfeito, lógico”, diz.


Responsável por entregar as medalhas do masculino, o presidente da Federação Brasiliense do Esporte Universitário (Fesu) não escondeu a satisfação. “Fiquei muito animado com o desempenho dos meninos”, disse. “Por ser uma modalidade nova no cenário do esporte universitário, tivemos que fazer um esforço para buscar participantes. Felizmente, conseguimos encontrar atletas muito bons”.

 

Atletas destacam solidariedade entre skatistas

ESTILO DE VIDA – Inédito nos Jogos Universitários Brasileiros, o skate também estará presente nos Jogos Olímpico de Tóquio, em 2020. A modalidade, entretanto, se diferencia das demais por representar um estilo de vida. “Trazemos nossa identidade para agregar”, diz Rodrigo Laroqui. Ele explica que o sentimento de solidariedade entre os skatistas e a busca por jeito livre de ser superam a mera busca por resultados.


Ana Caroline tem percepção parecida. Ela destaca ainda que é viável conciliar as atividades do cotidiano com “as corridas de skate”. “É possível integrar as responsabilidades com as coisas que a gente gosta”, garante.


Ana Caroline, Rodrigo e Victor estudam, respectivamente, letras português, serviço social e engenharia de produção.